Domingo
08 Dezembro 2024
01:04
Formulário de Login
Pesquisar
Calendário
«  Dezembro 2024  »
STQQSSD
      1
2345678
9101112131415
16171819202122
23242526272829
3031
Arquivo de postagens
Estatísticas

Total Online: 1
Convidados: 1
Usuários: 0

D O B U R U

Lendas de Yemanjá


Lendas de Yemanjá

Yemanjá teve muitos problemas com os filhos. Ossain, o mago, saiu de casa muito jovem e foi viver na mata virgem estudando as plantas. Contra os conselhos da mãe, Oxossi bebeu uma poção dada por Ossain e, enfeitiçado, foi viver com ele no mato. Passado o efeito da poção, ele voltou para casa mas Yemanjá, irritada, expulsou-o. Então ogum a censurou por tratar mal o irmão. Desesperada por estar em conflito com os três filhos, Yemanjá chorou tanto que se derreteu e formou um rio que correu para o mar.

Yemanjá foi casada com Okere. Como o marido a maltratava, ela resolveu fugir para a casa do pai Olokum. Okere mandou um exército atrás dela mas, quando estava sendo alcançada, Yemanjá se transformou num rio para correr mais depressa. Mais adiante, Okere a alcançou e pediu que voltasse; como Yemanjá não atendeu, ele se transformou numa montanha, barrando sua passagem. Então Yemanjá pediu ajuda a Xangô; o orixá do fogo juntou muitas nuvens e, com um raio, provocou uma grande chuva, que encheu o rio; com outro raio, partiu a montanha em duas e Yemanjá pôde correr para o mar.

Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e tomou-a a força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente Yemanjá resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu "saiu no mundo” desaparecendo no horizonte. Caída ao chão, Yemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo dando origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte.
Por isso Yemanjá é representada na imagem com grandes seios, simbolizando a maternidade e a fecundidade.


-------------------------------------------------------------------------------------------------------------



Filha de Olokun, deusa do mar, Iyemojá era casada com Olofin Odudwuá com quem tinha dez filhos

orixás.
Por amamentá-los, ficou com seios enormes. Impaciente e cansada de morar na cidade de ifé, ela

saiu em rumo oeste, e conheceu o rei okerê; logo se apaixonaram e casaram-se. Envergonhada de seus
seios, yemanjá pediu ao esposo que nunca a ridiculariza-se por isso. Ele concordou; porem, um dia,
embriagou-se e começou a gracejar sobre os enormes seios da esposa. Entristecida, Iyemoja fugiu.

Desde menina, trazia num pote uma poção, que o pai lhe dera para casos de perigo. Durante a fuga,
yemanjá caiu quebrando o pote' a poção transformou-a num rio cujo leito seguia em direção ao mar.
Ante o ocorrido, okerê, que não queria perder a esposa, transformou-se numa montanha para barrar o
curso das águas. Yemanjá pediu ajuda ao filho xangô, e este, com um raio, partiu a montanha no meio; o
rio seguiu para o oceano e, dessa forma, a orixá tornou-se a rainha do mar.

Yemoja, cujo o nome deriva de Yeye omo ejá, "Mãe cujos filhos são peixes", é o Orisa dos Egbás, uma
nação yorubá estabelecida outrora na região de Ibadan, onde existe ainda o rio Iyemonja. As guerras
entre nações yorubáslevaram os Egbás a emigrar, em direção oeste, para Abeokutá, no inicio do século
XIX.
Evidentemente, não lhes foi possível carregar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo

objetos os sagrados, suportes do Asé da divindade, e o rio Ògún, que atravessa a região, tornou-se a
partir de então, a nova morada de Iyemoja.
Este rio Ògún, entretanto, não deve ser confundido com Ògún, o deus do ferro e dos ferreiros,
contrariamente à opinião de numerosos autores que escrevem sobre o assunto no século passado. Estes
mesmo autores publicaram, a partir de 1884, copiando-se uns aos outros, uma série de lendas
escabrosas e extravagantes que fizeram a delícia dos " meios eruditos", mas que eram completamente
desconhecidos nos meios tradicionais.

O templo principal de Iyemoja fica em Ibará, bairro da cidade de Abeokutá. Os fiéis desta divindade vão
procurar, todos os anos, a água sagrada para levar os Axés, suportes de seu poder, não no rio Ògún,
mas na fonte de um de seus afluentes, chamado Lakasa. Esta água, recolhida em jarras, é trazida em
procissão para seu templo.

Iyemoja seria a filha de Olokun, deus ( em Benin e em Lagos) ou deusa ( em Ifé) do mar. Em certa lenda,
ela aparece casada pela primeira vez com Orunmila, senhor das adivinhações, depois com Olofin-
Ododúa, Rei de Ifé, com o qual teve dez filhos cujas atividades bastante diversificadas e cujos nome
enigmáticos parecem corresponder a outros tantos Òrìsàs. Dois dentre eles são facilmente identificados:

"O arco-iris-que-desloca-com-a-chuva-e-guarda-o-fogo-nos-seus-punhos" e "O trovão-que-se-desloca-
com-a-chuva-e-revela-seus-segredos". Estas denominações representam, respectivamente, Oxumarê e
Xangô.
Yemonja, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao oeste. Olokun que havia
dado, autrora, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois "não-se-sabe-jamais-o-que-pode-acontecer-amanhã"; recomendara-lhe que a quebrasse no chão em caso de perigo. E assim,
Yemanjá foi se instalar na "Noite-da-Terra", à este, em Abeokutá, "ilusão à migração dos Egbás". Olofin-
Ododúa, rei de Ifé, lançou seu exercito em procura de Yemonja. Esta, cercada, em vez de se deixar
prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio
criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o mar, lugar de residência de Olokun.