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D O B U R U

A Nação Angola - LENDA DE NZAZE - Uma lenda sobre Zumba - Ngunzu - Nkisi Nkosi - Ndandalunda - Pambu

A Nação Angola

Na Angola os Sacramentos são:

Massangá: O ritual de batismo de água doce (menha), na cabeça (mutuè) do iniciado (ndumbi), usando-se também o kezu (obi).

Nkudiá Mutuè: Ritual de colocação de forças (Kalla ou Ngunzu) = (axé), atravéz do sangue (menga) de pequenos animais.

Nguecè Benguè Kamutué: Ritual de raspagem (vulgarmente chamado de feitura de santo)

Nguecè Kamuxì Muvu: Ritual de obrigação de 1 ano.

Nguecè Katàtu Muvu: Ritual de obrigação de 3 anos, nessa
obrigação se faz a mudança de grau.

Nguecè Katunu Muvu: Ritual de obrigação de 5 anos, onde a preparação desta é quase identica a de 1 ano, porém acrescentado-se muitas frutas.

Nguecè Kassambá Muvu: Este é o ritual de obrigação de 7 anos, quando o iniciado receberá o seu cargo, passado na vista do público, sendo elevado ao grau de Tata Nkísi (zelador), ou Mameto Nkísi (zeladora), onde essas obrigações são praxe dos ''rodantes'', porque Kota (ekedjí) e Kambondo (ogã), já recebem seus cargos na feitura, portanto, já nascem com suas ferramentas de trabalho, dão suas obrigações para aprimorar seus conhecimentos e receber muito mais Ngunzu do Nkissi.

Vamos conhecer um pouco sobre os Nkissis

Aluvaiá, Bombo Njila, Pambu Njila: intermediários entre os homens e os Jinkísis.

Nkosi: Senhor dos caminhos, das estradas de terra.
Mukumbe, Biolê, Buré: Qualidades ou caminhos desse Nkísi.

Nguzu: Engloba as energias dos caçadores de animais, pastores, criadores de gado e daqueles que vivem embrenhados nas profundezas das matas, dominando as partes onde o sol não penetra.

Kabila: O caçador pastor, o que cuida dos rebanhos da floresta.

Mutalambô, Lembaranguangê: Caçador, vive em florestas e montanhas, deus de comida abundante.

Gongobila: Caçador jovem e pescador.

Mutakalambô: Tem o domínio das partes mais profundas e densas das florestas, onde o sol não alcança o solo, por não penetrar pelas copas das árvores.

Katendê: O senhor das jinsabas(folhas), conhece os segredos das ervas medicinais.

Nzazi, Loango: São o próprio raio.

Kavungo, Kafungê, Kingongo: Deus de saúde e morte.

Nsumbu: Senhor da terra, também chamado de Ntoto pelo povo de Kongo.

Hongolo ou Angorô: Auxilia a comunicação entre os seres humanos e as divindades.

Kitembo: Rei de Angola, senhor do tempo e as estações.

Kaiangu: Tem o domínio sobre o fogo.
Matamba, Bamburussenda, Nunvurucemavula: Qualidades ou caminhos de Kaiangu.

Kisimbi, SambaNkisi: A grande Mãe, deusa de lagos e rios.

Ndanda Lunda:
Senhora da fertilidade e da lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi.

Kaitumba, Mikaiá, Kokueto:
Deusa dos oceanos.

Nzumbarandá:
A mais velha das Nkísi.

Nwunji:
Representa a felicidade da juventude e toma conta dos filhos recolhidos.

Lembá Dilê, Lembarenganga, Jakatamba, Kassuté Lembá, Gangaiobanda:
Ligados a criação do mundo.

OS CARGOS NA NAÇÃO DE ANGOLA

Tata Ria Inkice - Zelador / Pai
Mameto Ria Inkice - Zeladora / Mãe
Tata Ndenge - Pai pequeno
Kixika Ingoma - Tocador
Tata Kambono - Ogan
Tatta Kivonda - Aquele que sacrifica os animais
Kinsaba - O que colhe folhas
Kikala Mukaxe - Filho de santo
Tata Utala - Herdeiro da casa
Macota -Dikota - Ekedi

Um pouco sobre Angola

Uma das caracteristicas do povo de Angola importantes são a lingua o kimbundo é o kicongo que emprestam muitas palvras ao portugues.
Os mais velhos trouxeram cantigas, rezas, tudo em Kimbundo e Kikongo (algumas também em Umbundo e outros dialetos). Muita coisa se perdeu até mesmo por haver a associação com as tradições Jeje nagô, que foi em ultima instância prejudicial para as tradições bantu.
Acima de tudo está Nzambi Mpungu (um dos seus títulos) Deus criador de todas as coisas. Alguns povos bantu chamam Deus de Sukula outros de Kalunga e outros nomes ainda associam-se a estes.
O Culto a Nzambi não tem forma nem altar próprio. Só em situações extremas eles rezam e invocam Nzambi, geralmente fora das aldeias, em beira de rios, embaixo de árvores, ao redor de fogueiras. Não tem representação física, pois os Bantu o concebe como o incriado, o que representa-lo seria um sacrilégio, uma vez que Ele não tem forma.
No final de todo ritual Nzambi é louvado, pois Nzambi é o princípio e o fim de tudo.

Um pouco sobre Angola II
O culto no Brasil

A partir da Mameto de inkice Maria Nenen e de outros Tatetos como, Jubiabá, Olegário, Bernardinho, Ciriaco, Joãzinho da Goméia, Tombeici o culto Banto ou Candomblé da Nação de Angola, como é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.

Estes negros ou bantos, como eram chamados devido a língua que falavam, seguiam a tradição religiosa de lugares como: Casanje, Munjolo, Cabinda, Luanda entre outros.

Mas, o culto banto tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e Efon.

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LENDA DE NZAZE

Nzazi era muito voluntarioso e mantinha a ordem no seu reino pela violência. O povo não gostava disso. Com as visitas de Lembá os conselhos que ele dava, Nzazi ficou menos violento. O reino prosperou muito.

Nzazi tinha em seu reino muitos cavalos e carneiros, que eram a sua predileção. Um dia ele saiu com seus homens para conquistar novas terras, e na sua ausência o
s carneiros foram roubados, e os que restaram foram mortos. Sabendo do ocorrido Nzazi voltou correndo, mas só escapou um casal de carneiros. Ele os levou para o reino de Lemba,no céu (duilo),e pediu-lhe que cuidasse deles, e partiu atrás dos ladrões.

Nzazi passou muito tempo procurando os ladrões, e chegou ao alto de uma montanha que cuspia fogo, onde encontrou Uiangongo, aquele que tinha o poder do fogo. Este lhe deu um pó mágico para combater os ladrões, quando os encontrasse.

Passado algum tempo Nzazi achou os ladrões de seus carneiros, e lançou sobre eles o pó mágico. Este se transformava em lava incandescente, e acabou com todos os bandidos.

Acontece que enquanto Nzazi procurava os ladrões, às vezes ele ouvia um ruído vindo do céu, "kabrum, kabrum”… A cada dia o ruído era maior e mais frequente. Após acabar com os ladrões Nzazi foi ao reino de Lemba para pegar seus dois carneiros de volta.

Chegando lá, Lemba explicou que devido à demora de Nzazi os carneiros haviam procriado e se multiplicado, e que o barulho dos chifres deles lutando uns com os outros se ouvia em toda parte , "kabrum, kabrum”. Nzazi levou os carneiros de volta, mas Lemba explicou que eles não mais poderiam ser comidos, pois haviam sido criados no céu. Nzazi concordou, e deu a Lemba um casal de carneiros como presente. Por isso até hoje escutamos ruídos vindos do céu, "kabrum, kabrum”.

De volta ao seu reino Nzazi explicou ao povo que aquele animal agora era sagrado e não poderia mais ser comido. Contou suas aventuras em busca dos ladrões, mas como muitas pessoas se interessaram pelo pó mágico ele, com medo de ser roubado, resolveu guardá-lo em lugar seguro, e engoliu o pó.

A partir desse dia começou a soltar fogo pela boca, e queimou todo o reino com pedras incandescentes. Teve que se isolar, pois se ficasse zangado começava a cuspir fogo. Só aparecia quando o povo estava em perigo e o chamava. Ele então arrasava os exércitos inimigos com suas pedras incandescentes.

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Uma lenda sobre Zumba

A Senhora Zumbarandá, que passava os dias preparando o barro da criação, apanhando água, misturando-a à terra, formando os corpos e as formas de tudo que era criado, começou a Se achar muito assoberbada com as diversas encomendas recebidas. Na primeira oportunidade que conseguiu, foi falar com o Senhor Nzambi e pediu ajuda. O grande Maestro do Universo apanhou um pouco de Sua Energia, entregou à Senhora e disse: "Aqui está a ajuda que você necessita, crie e instrua para lhe ajudar.”

Zumbarandá voltou ao Seu pântano, criou um boneco com o Seu barro misturando na massa o punhado de Energia Divina, criou um homem jovem, bonito, forte, criativo e inteligente. Como era muito bonito, deu-lhe o nome de Hongorô, o arco-íris. Hongorô passou então a Se encarregar de apanhar a água para que a Grande Senhora fizesse seu barro e começou a moldar as formas da criação e, por ser muito criativo e de bom gosto, começou a colorir cada criação com cores especificas.

Quanto mais os Mikisi queriam criar ervas, flores, animais, minerais, etc., mais serviço aparecia para Zumbarandá e Hongorô. Muito inteligente Hongorô pegou um pouco de Seu próprio ser, pegou um bocado do barro da Grande Mãe e criou uma mulher lindíssima, jovem, forte, criativa e inteligente. Zumbarandá Se encantou com a criação de Hongorô e perguntou: "O que fará para nos ajudar essa maravilhosa criatura?”. Hongorô, neste momento exato, deu à Sua criação o dom de "serpentear” pela terra e, assim, conseguindo fazer com que a tão necessária água chegasse rapidamente ao pântano de Sua Senhora. Zumbarandá então disse; "Já que é parte de Seu ser e lidará com a água, daremos a Ela o nome de Hongoromenha”.

O tempo passou e Hongoromenha começou a reclamar que os homens e os animais, durante o percurso, sujavam a água que Ela conduzia e, por mais que pedisse, eles não A atendiam. Zumbarandá deu a Ela o poder de se transformar em serpentes, de todos os tamanhos para assustar a todos, afastando-os das águas. Katendê, ao saber do problema, pegou várias de suas ervas, misturando-as, formou um líquido venenoso e deu a Hongoromenha: "Isso é para Sua defesa, o efeito desse líquido causará imensas dores e até a morte de quem quiser Lhe afrontar”.

O tempo continuou passando e tudo corria bem, a criação estava plena de formas e cores, Lembá estava satisfeito com a imensa diversidade de seres nos quais Ele soprava o dom da vida. Até que Nzazi, com sua voz de trovão, pediu a Zumbarandá que a água ficasse disponível, também para os seres que habitavam o planeta, não era justo que eles não tivessem acesso a tal regalia. Dandalunda, com seu coração de puro amor, formou então por todo o mundo rios que conduziriam a água em todas as direções tornando-a fácil a toda a criação. Hongorô então teve uma idéia maravilhosa e pediu à Grande Senhora que conseguisse que uma parte da água fosse ao Duilo e tornasse a cair sobre a terra, reenchendo os reservatórios e caindo em todas as partes do mundo. Zumbarandá deu então a Hongorô o dom de formar um canal de ligação entre o céu e a terra conduzindo a água que voltaria à terra em forma de chuva e Ele, então, criou o arco-íris presente até hoje em todos os lugares onde há água iluminada pela luz do Sol...

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Ngunzu

Por ser uma Divindade caçadora (Mukongo), abastece com fartura de carnes o povo de sua tribo.... "o mukongo (caçador) que se alimenta da própria Mutakalomba Xitu (carne de caça)".
Os nativos Bantu que tinham Ngunzu como seu Deus, antes de saírem para tentarem a sorte nas florestas em busca da caça, faziam louvações e ofertas a essa Divindade para que suas empreeitadas nas florestas fossem coroadas de êxito, e assim sendo poderiam abestecer toda tribo em abundância.

Mahamba (Divindades) que habitam as florestas (Nfinda) e montanhas (Mulundu)....
Divindades conhecidas entre os nativos Bantu, como os SENHORES DA ESCURIDÃO, pois seus reinos ficam no interior das densas florestas, onde, devido a intensa vegetação e árvores gigantescas, os raios do sol não penetram.

Divindade hábil/astuto (Uarimuka). Quando toma seu filho em possessão, sua mukini (dança - bailado) se dá a impressão que está em plena caça.
Ngunzu e Mutakalombo, estão ligados a força dos caçadores e caça, para a subsistência através da alimentação dos povos Bantu, através da carne.

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Nkisi Nkosi

Divindade Bantu de origem Kongo, é comparado erroneamente ao Orisá Ogum dos Nagô Yorubá.
Nkosi =Leão - na língua kikongo dos povos Bakongo (plural de Kongo).
Divindade (Hamba) com seus campos de atuação na natureza e universo, ligados a agricultura, pastorear animais, as estradas e caminhos, no sentido de abrir, andar para frente, ir em frente e também é muito admirado e louvado por sua coragem, por defender seus filhos e os fracos e indefesos.
Nkosi... Aquele que guerreia (briga) por nós, por seus filhos, pois traz consigo a nobreza da defesa, de defender os indefesos através de sua coragem!
Na língua Kimbundu (dos Angolanos), Divindade é chamada de Mukixi/Mukisi (plural - Jinkisi) e para os angolanos, a Divindade semelhante ao Nkisi Nkosi (dos Congoleses), é conhecida, chamada e cultuada, pelo nome de "Hoxi ou Hoji", que também significa "Leão" (do Kimbundu).
Hoxi ou Hoji, é conhecido em África Bantu pelos nativos Angolanos como " o leão devorador de almas".... Divindade temida por muitos nativos Angola

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Nkossi 2

Nkisi do ferro, dos ferreiros e de todos aqueles que utilizam esse metal: agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores. O número 7 é, pois, associado a Nkosi e ele é representado, nos lugares que lhe são consagrados, por instrumentos de ferro, em número de sete, catorze ou vinte e um, pendurados numa haste horizontal, também de ferro: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxó, símbolos de suas atividades.
Nkosi, manifesta-se no sistema passional, atua no plexo solar, sede da emoção e desejos. Nkosi é o Nkisi associado as brigas e guerras, mercuriano por excelência traz temperamento dominador, autoritário e violento.
Seus filhos devem evitar a couve, peixe de pele, caranguejo e aipim.

Saudação: Luna Kubanga Kuta Kueto Nkosi Ê (Nkosi, Aquele Que Briga Por Nós).
Elemento: Ferro.
Símbolo: Espada.
Dia da semana: Terça-Feira.
Fio de contas: Azul-Marinho.
Roupa: Azul com detalhes em vermelho.
Mineral: Minério de ferro e mercúrio.
Oferendas: Feijoada, inhame (cará).

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Ndandalunda

Dentro do culto Angola recebe o título de Mametu Ngiji, que quer dizer nossa mãezinha dos rios e das cachoeiras, em todo território africano é uma divindade muito temida em razão dos seus poderes mágicos.
Nos seres humanos atua sobre o sistema hormonal, nos homens atua na próstata e nas mulheres nos ovários, atuando na fecundidade e sexualidade.
Demonstra Ndandalunda certa docilidade que acaba transmitindo aos seus filhos, mais na realidade esconde atrás da sua meiguice uma perigosa guerreira, tem o humor caprichoso e mutável. Esta Nkisi apresenta enorme gosto por jóias e pedras preciosas.
Seus filhos devem evitar a banana d'agua, carambola,caranguejo, peixe de pele, melão e cajá.

Saudação: Mametu Kiambote Maza Mazenza (Bela Mãe Da Água Doce).
Elemento: Água.
Símbolo: Leque espelhado.
Metal: Ouro e cobre.Dentro do culto Angola recebe o título de Mametu Ngiji, que quer dizer nossa mãezinha dos rios e das cachoeiras, em todo território africano é uma divindade muito temida em razão dos seus poderes mágicos.
Nos seres humanos atua sobre o sistema hormonal, nos homens atua na próstata e nas mulheres nos ovários, atuando na fecundidade e sexualidade.
Demonstra Ndandalunda certa docilidade que acaba transmitindo aos seus filhos, mais na realidade esconde atrás da sua meiguice uma perigosa guerreira, tem o humor caprichoso e mutável. Esta Nkisi apresenta enorme gosto por jóias e pedras preciosas.
Seus filhos devem evitar a banana d'agua, carambola,caranguejo, peixe de pele, melão e cajá.

Saudação: Mametu Kiambote Maza Mazenza (Bela Mãe Da Água Doce).
Elemento: Água.
Símbolo: Leque espelhado.
Metal: Ouro e cobre.
Dia da semana: Sábado.
Fio de contas: Amarelo-ouro.
Roupa: Dourada.
Oferendas: Feijão fradinho com ovos.

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Pambu Njila




"NZAMBI A TU BANE NGUZU MU KUKAIELA"
(Deus nos de força para seguir)



Pambu Njila é o agente de ligação entre o espaço físico e o espaço místico, é a ponte de ligação entre os seres humanos e os minkissi.
É o mensageiro, não essencialmente mau ou essencialmente bom, desempenha seus papéis e funções no espaço destinado ao culto. Aluvaiá é lançado como sintese de um pensamento social voltado ao sentimento mais humano á proximidade e identidade com o proprio homem, sem no entanto, colocá-los distanciado do elenco místico. è aquele que gera o ciclo patronal dos Minkissi, estará acionando o proprio fundamento de tudo que possa entender de sagrado e significativo ao vinculo do Minkisi e seus filhos.Sua inzo(casa) sempre a entrada dos barracões é a sua marca de guardião, sempre alertando e avisando e protegendo, é o compadre o amigo e guardião. Sem dúvida na velocidade dos seus caminhos, incomensuráveis pelo tempo, ocorre e corre sua fluidez, sabe do ontem, do hoje e do amanhã. è o senhor dos Caminhos. Responsável pela guarda de nosso portão, ou seja, aquele que recebe a maiaca kindele (farinha branca) e a maiaca kianguim (farinha vermelha) e permanece em nosso portão, mantendo a ordem até o termino do toque.
Pambu Njila se caracteriza como Nkissi. É o que esta mais próximo aos seres humanos e vários são seus caminhos.

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MAVILUTANGO - responsável direto pela ordem do barracão. É o que recebe, realmente a maiaca. A ele saudamos e pedimos a segurança do Portão, para o bom andamento do Jamberessú (xiré).
Quando dizemos que despachamos, não é a pambu Njila que estamos despachando e sim, estamos o enviando a nossa porta para segurar as brigas, os invejosos, pontos de morte e espíritos pertubadores.
Muitos usam o termo- "vou despachar Exú ou Pambu Njila" - o que na verdade deveria ser - "vou despachar a porta e lá deixar Mavilutango para fiscalizar e neutralizar as kizilas. É possivel afirmar que se trata da vibra
ção, da força, que interliga Nsi (Terra) e Duilo (céu).

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A Bandeira de Kitembu

A história que é contada pelos antigos sacerdotes Bantu, que há muito tempo atrás, as diembu bantu ( tribos bantu) lamentavam a morte de seus filhos, principalmente crianças e as mulheres grávidas sofriam sangramentos e como conseqüência, o aborto de seus filhos.
Diante da situação, o Sobá (rei) procurou o Nganga ia Ngombo (adivinhador da tribo) e pediu que ele
fizesse uma consulta ao Minenge ia Ngombo (cesto de adivinhação), para saber o real motivo desses acontecimentos.
A resposta dada pelo Nganga foi que as tribos bantu estavam sofrendo uma maldição espiritual lançada por Ngungula (espíritos trevosos) e que para se livrar da maldição, as tribos deveriam prestar honras, homenagens e oferendas ao Nkisi Kitembu (Divindade da vida e da evolução) que só assim o ciclo da vida voltaria à sua normalidade.
O Sobá rapidamente, mandou que todas as tribos bantu se reunissem e fizeram uma grande oferenda e homenagens ao Nkisi Kitembu, que durou sete dias.
Após o término das homenagens para a Divindade Kitembu, da terra brotou um pó branco "MPEMBA”, que até os dias de hoje podemos ver em barrancos abertos, pela natureza ou pelas mãos dos homens.
Mpemba é o espírito do grande pai de todas as tribos bantu "Nkukua Lunga” e pegaram o pó que saia da terra e esfregaram no corpo de todas as crianças e mulheres das tribos e imediatamente ficaram livres da maldade imposta por Ngungula. Assim, os povos bantu cresceram por toda África. Para homenagear o Nkisi Kitembu, o povo bantu levantou um mastro bem alto com uma bandeira branca na ponta, simbolizando a Mpemba, que quando balança com o vento indica a direção que o povo bantu deve seguir e ir ao encontro da felicidade.
Kitembu é simbolizado por uma grelha (suplício, sofrimento), uma escada (crescimento, evolução), uma seta que aponta o duilo (fazendo uma ligação entre o céu e a terra), um ancinho (instrumento agrícola para juntar palhas), restos do suplício humano e a cabaça (masculino e feminino como conta a criação). Por isso o Nkisi Kitembu é considerado a grande Divindade do povo bantu.


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Como nasceu o acarajé
A ORIGEM DO ACARAJÉ

Manuel Raimundo Querino, era natural da cidade baiana de Santo Amaro da Purificação. Ele foi um intelectual afrodescendente . aluno fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e da Escola de Belas Artes, escritor e pioneiro nos registros antropológicos da cultura africana na Bahia.

Em seu livro "A arte culinária na Bahia, de 1916”, publicado após suas pesquisas, ele conta como os primeiros acarajés eram feitos aqui no Brasil além de esclarecer que, foi uma iguaria árabe conhecida como FALAFEL ÁRABE que levada para a para a África nas diversas incursões durante os séculos VII a XIX, acabou sendo reelaborada com favas secas, pelos africanos.

O Falafel é uma comida popular no Oriente médio. Consiste em bolinhos de grão-de-bico fritos, consumidos com pão sirio e homus (pasta de grão de bico), tahine (pasta de gergelim) e salada. Mas, não são fritos em azeite de dendê, e sim em azeite de oliva.

O ACARAJÉ NASCEU AQUI NO BRASIL PELAS MÃOS DAS ESCRAVAS MUÇULMANAS, QUE ESPERIMENTOU FAZER O FALAFEL COM FEIJÃO FRADINHO E SUBSTITUIR O AZEITE "BRANCO" PELO AZEITE DE DENDÊ!!!

Mais uma contribuição dos árabes para o Candomblé!!! (Não intencional, claro!!!)

A principio, não se pensou em fazer uma comida votiva, uma vez que eram muçulmanas... Resta saber, portanto, qual a etnia que ofertou pela primeira vez o ACARAJÉ como comida sagrada.

Para fazer os acarajés "no início”, o feijão fradinho era ralado na pedra, de 50 cm de comprimento por 23 de largura, tendo cerca de 10 cm de altura. A face plana, em vez de lisa, era ligeiramente picada por canteiro, de modo a torná-la porosa ou crespa. Um rolo de forma cilíndrica, impelido para frente e para trás, sobre a pedra, na atitude de quem mói. Com esse processo triturava-se facilmente o milho, o feijão ou o arroz.

E o abará??? E o aberém??? Será que foi uma diversificação também feita aqui no Brasil???



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